1. |
Rio da Promessa
03:00
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Tou a respirar fundo, tou a ganhar
a preencher o requisito mínimo pra continuar
tenho meia resposta, tou à escuta
acredito que vou mudar, acredito na luta
Tou no rio da promessa, no rio da promessa
que o meu corpo atravessa-vessa
vou ser melhor, saber ternura de cor
vou ser melhor, esquecer a chaga pior
Porque é que só a vês quando já se desfez
tão pequena a sua glória
porque é que só a vês quando já se desfez
enrolada na memória
Em cima, em cima do meu costado
o fardo de São Cristóvão
parte o pré-pensado
Em cima, em cima do meu costado
o fardo de São Cristóvão
parte o pré-pensado
Tou no rio da promessa, no rio da promessa
que o meu corpo atravessa-vessa
vou ser melhor, saber ternura de cor
vou ser melhor, esquecer a chaga pior
Em cima do meu costado
o fardo de São Cristóvão
parte o pré-pensado
Em cima, em cima do meu costado
o fardo de São Cristóvão
parte o pré-pensado
Tou no rio da promessa, no rio da promessa
que o meu corpo atravessa-vessa
vou ser melhor, saber ternura de cor
vou ser melhor, esquecer a chaga pior
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2. |
Cascata Doméstica
02:38
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Fiz as malas e fui bruto
conto a hora, conto o minuto
até escutarem quem tá doente
tou ansioso pela estrela cadente
pelo astro que vai doar o meu desejo:
que eu saiba olhar aquilo que eu vejo
Entre uma festa e um velório
vi que o bibelô nunca foi acessório
planeio o mês que vem, salto o mês actual
na cascata doméstica, deslizo de avental
Dentro de mim só tenho o que tá cá fora
luz e torpor, pressa e demora
mas a esperança viceja quando tou a ouvir
planta visão no escuro do que tou a sentir
Ora uma flor, ora uma canção
tá a crescer de mim, do meu coração
ta a crescer da terra, aqui deste chão
será que o amor vive da solidão
será que o amor vive da solidão
será que o amor vive da solidão
será que o amor vive da solidão dão
Entre uma festa e um velório
vi que o bibelô nunca foi acessório
planeio o mês que vem, salto o mês actual
na cascata doméstica, deslizo de avental
Ora uma flor, ora uma canção
ta a crescer da terra, aqui deste chão
tá a crescer de mim, do meu coração
será que o amor vive da solidão
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3. |
Se eu Crescer
03:28
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Hoje eu não tenho hora pra chegar a casa
É tudo tão fresco quando eu não sei nada
Hoje eu não tenho hora pra chegar a casa
Tu já tens carta, segue pela estrada
Hoje eu não tenho hora pra chegar a casa
Se eu crescer, isso já não quer dizer nada
Lavava a loiça com o pescoço dobrado
Trovões magenta, soalho rachado
Tributo dos céus tão cheio de afecto
Minha pele eriçada, meu pelo erecto
Vou bazar deste sítio, nunca mais voltar
Já pedi o divórcio ao medo de aqui tar
E à lenta ansiedade da separação
E à distância que pede uma continuação
Tenho um cardo no pulmão à procura de luz
Porque a melhor palavra nunca se traduz
Tanto mito e conversa, nada mudou
Veio 2012, o mundo não estoirou
Larga o lírio do vale da morte
Tás só fora e com pouca sorte
Melodrama - urgências de madrugada
Numa sala de espera, não és chamada
Sentes em ti as falhas do SNS
Engole isso a ver o que é que acontece
Hoje eu não tenho hora pra chegar a casa
É tudo tão fresco quando eu não sei nada
Hoje eu não tenho hora pra chegar a casa
Tu já tens carta, segue pela estrada
Hoje eu não tenho hora pra chegar a casa
Se eu crescer, isso já não quer dizer nada
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4. |
Vento nas Costas
02:58
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Ontem eu queria ver-te
e não tinha campa pra visitar
O teu cadáver cremado
são cinzas são cinzas a voar
Hoje eu sinto um burburinho
Que fala que eu não tou sozinho
Hoje eu sinto um burburinho
Que fala que eu não tou sozinho
Quanto é que apostas
Quanto é que apostas
Que és tu
Este vento que sopra nas costas
…
O que é !?!?!?
O que é !?!?!?
O que é que é morrer
É soprar um refrão
que ninguém vai entender
O que é !?!?!?
O que é !?!?!?
…
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Vaiapraia London, UK
Sharing my songs since 2013. Play live with a band and solo. From Setúbal. Living in London. Booking:
Afonso Simões (afonso@filhounico.com) ~ Photo above by Francisco Fidalgo.
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